terça-feira, 6 de dezembro de 2011

VASCO 2011 SUPEROU SEU PASSADO RUIM E VOLTOU AO SEU DEVIDO LUGAR.

Roberto Dinamite ao lado de Ricardo Gomes.

A temporada 2011 ficou marcada na história do Vasco pela retomada de boas campanhas, mas principalmente pelo resgate da democracia. O surgimento da instituição, abrindo as portas para o proletariado, mostra que os anos de chumbo sob o domínio de Eurico Miranda manchavam a imagem do clube.

Há três anos – desde a posse do ídolo Roberto Dinamite – o Vasco voltou a ser simpático. Seu relacionamento com os demais clubes, patrocinadores e imprensa nem de longe lembra aquele período entre os anos 70 e meados de 2008. Não há mais lei da mordaça, arbitrariedade e truculência, situações habituais no tratamento com quem cruzasse o caminho do ex-presidente.

“Tudo o que a gente quis era tornar o Vasco um clube de todos, como sempre foi, como mostra a história. Hoje lutamos para fazer com que todos se respeitem, todos tenham o seu espaço. O Vasco abriu suas portas para o negro, não podia perder esta essência”, diz Dinamite.

Inimigo político de Eurico, Roberto foi escolhido pela oposição para pôr fim à dinastia do ex-dirigente. Sua plataforma, por conta do seu carisma, era unir o clube. E uniu. Nas eleições deste ano, no começo de agosto, foi reeleito com facilidade. Sem sustos (dos 2.716 votos, ficou com 2.390). Curiosamente, o Vasco hoje não tem oposição. Roberto tem a seu lado as principais lideranças políticas que influenciam diretamente a vida do clube – dentro ou fora de São Januário.

Há ainda uma pequena corrente liderada por Eurico, mas que no último pleito retirou a candidatura em cima da hora por saber que não tem mais força para derrubar a atual diretoria.

“Este é um Vasco mais limpo, mais humano, democrático. Foi uma eleição sem problema, cada chapa pôde escolher seu candidato. Com este Vasco mais unido de hoje, a tendência é um clube forte e crescendo a cada dia. Esta é a nossa luta. Foi a vitória da democracia, da transparência", comemorou Roberto.

Contou a favor de Roberto o inédito título da Copa do Brasil. Ainda que perdesse, o ex-jogador ganharia nas urnas. A atual gestão realizou obras no clube, trouxe boas cotas de patrocínio. A saúde financeira do Vasco hoje é diferente dos primeiros anos da sua administração. O salto veio em 2010. Com a entrada do banco BMG e da rede de postos Ale, o clube passou a faturar R$ 27 milhões por temporada.

A distribuição é assim: a principal cota pertence à Eletrobrás (R$ 14 milhões). Em seguida, BMG e Penalty, fornecedora de material esportivo, pagam 5 R$ milhões cada. A Ale entra com a menor receita: R$ 3 milhões.




Fonte: IG Esportes.

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