Ter desperdiçado duas penalidades incomodou bastante. Mas o sentimento de alívio acabou sendo maior do que o de tristeza. Alecsandro ficou surpreso com o apoio da torcida, na terça-feira. Basta lembrar que, há pouco tempo, era só dar uma canelada da bola para que as vaias tivessem início.
– Perdi apenas quatro pênaltis na carreira. Mas foi muito legal o que a torcida fez por mim. Geralmente, torcedor tem memória curta para as coisas. Dessa vez, foi diferente do que acontecia antes. Soube reconhecer. Fiquei muito feliz – disse o atacante ao término da partida contra o Alianza Lima.
Por onde passou, Alecsandro dificilmente deixou de fazer gols. Teve bons números, por exemplo, no Vitória, no Cruzeiro e, mais recentemente, no Internacional, onde balançou a rede mais de 50 vezes.
Mesmo assim, o 9 passou longe de ser unanimidade. E bastava passar em branco uma ou duas partidas para que as críticas voltassem.
No Vasco, na temporada passada, ele também sofreu com esse fardo, mesmo após ter feito gols decisivos nas finais da Copa do Brasil. A torcida claramente mostrava um carinho maior por Elton.
Tudo começou a mudar mesmo neste ano, quando Alecsandro passou a fazer gols em quase todas as partidas (são 10 gols em 12 jogos).
Aos 31 anos, vive, enfim, um clima de harmonia com a torcida, algo que ele tanto buscava. Mas quem diria que a certeza dessa mudança de postura viria justamente na pior situação em que viveu na Colina? Como uma forma de retribuir, já que desta vez os gols não saíram, Alecsandro, ainda no gramado, vibrou com a torcida e até jogou sua camisa para a arquibancada.
Que essa relação continue assim.
Mas, para garantir, é melhor voltar logo a marcar gols.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)
Fonte: Lancenet.com
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