Vasco jogará a segunda partida na próxima Quarta (30/11) no Chile. |
Eletrizante, extraordinário. Assim se pode classificar o jogo entre Vasco e Universidade de Chile, em São Januário. Agradecida, a torcida vascaína aplaudiu e gritou o nome do Vasco bem alto dentro do estádio. Com toda razão e não menos emoção.
O Vasco exibiu, em seu primeiro tempo, talvez o seu melhor futebol nos últimos 10 anos. Eram tantos os toques de primeira, numa qualidade técnica que saltava aos olhos a cada toque de Felipe e Juninho, em arrancadas e dribles sensacionais de Allan e Bernardo, além de uma presença aguerrida e vibrante de Élton no comando do ataque. Enquanto teve fôlego a 100% no jogo, Felipe destruiu em dribles, lançamentos, passes e suas tradicionais enfiadas de bola em espaço vazio e pontos futuros. O canhotinho fez um desfile de seu melhor e mais sofisticado repertório.
Ninguém se afobe nem se impressione. Não era jogo para o Vasco fazer três nem quatro gols de diferença, não. Mesmo jogando em casa, o Vasco teve pela frente um adversário duríssimo, técnico, inteligente, veloz. Que, semanas atrás, atropelou sem socorrer o rubro-negro e o deixou de quatro na rua, iniciando a derrocada do time na temporada. Pois hoje, em São Januário, o time do Chile encarou o Vasco afirmando, com todas as letras, tratar-se do melhor time do país, respeitando e até temendo o adversário. O primeiro tempo foi todo nosso, o gol único ficou barato diante de outras oportunidades criadas.
A meu ver houve, sim, pênalti em Juninho e pênalti em Bernardo, no final. Não sei se o ângulo favorecia ou não a visão do árbitro. Talvez eu esteja errado, mas vi os dois lances com os jogadores sendo derrubados na área.
Independente disso, o Vasco jogou como gigante, lutou como sabe. Hoje vimos, no segundo tempo, aparecerem o cansaço e o desgaste da temporada. Felipe e Juninho são os mais afetados, mas o próprio Allan, exuberante na primeira etapa, começou a perder coordenação nas jogadas, dado o ritmo alucinante que imprimiu no primeiro tempo.
O resultado, como eu já disse, não é nada decepcionante. Pelo contrário. O Vasco sabe, como poucos, fazer resultados dentro e fora de casa. Brigar, vencer, triunfar. O time tem maturidade na cabeça e juventude nas pernas, e já mostrou que não se abate e não se abala por pouco.
O empate, numa falha boba de atenção da defesa, foi um castigo para o cansaço do time e um certo recuo no segundo tempo. Porque o time da Universidade tem o mesmo toque de bola e a mesma técnica de seus jogadores que o Vasco tem. Dar espaço para as jogadas e trocas de passe pode ser fatal.
Lembramos que esse Vasco exuberante de hoje jogou sem um de seus principais jogadores, o meia Diego Souza. Que tem poder de fogo e gana de decisão. Ou seja, para a próxima partida, ainda teremos a força de Diego e sua experiência para trazer o resultado necessário.
Foi uma bela partida e não há o que se criticar.
A torcida, sábia, mostrou que tem, sim, sua lógica de raciocínio e não vive só de resultados esperados: soube aplaudir e reconhecer o brilho e o empenho do Vasco, mesmo no empate.
O jogo de ida está em aberto e o Vasco não precisa se assustar: o adversário, invicto há meses, pode perder a vaga até mesmo empatando por 2x2 ou 3x3.
A ordem é fazer gols. Muitos gols lá.
Como veio desenvolvendo até aqui sua campanha na fase decisiva, o Vasco precisa fazer o resultado no segundo jogo. Nas últimas tentativas, sapecou de 8 e de 5.
Pelo que temos visto, nada lhe parece impossível para semana que vem. Lembrem-nos do Alto da Glória e das goleadas em classificações.
Decisão difícil, com saldo de gols? Nada que nos faça perder a confiança.
Apenas mais uma pro Vasco
Fonte: Coluna de Hélio Ricardo Rainho. ( Super Vasco).
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